Sete maravilhas do mundo moderno [Parte 1]
Categoria: Arquitetura
Palavras chave: Sete maravilhas
Sete maravilhas do mundo moderno, conheça um pouco mais sobre esses lugares incríveis através de suas histórias, métodos construtivos e curiosidades.
As sete maravilhas do mundo surgiram quando, no ano de 2005 a agência suíça New Open World Corporation (NOWC) iniciou um concurso, de caráter informal, para selecionar as maiores obras humanas do mundo moderno. O objetivo principal desse concurso era o de enaltecer a beleza e grandiosidade de obras construídas pelo homem, além manter viva a memória delas. As obras escolhidas foram a cidade de Chichén Itzá no México, as Ruínas de Petra na Jordânia, a Muralha da China, o Coliseu de Roma, a cidade de Machu Picchu no Peru, o Taj Mahal na Índia e o Cristo Redentor no Brasil. Essa ordem citada também é a ordem cronológica de construção dessas obras. O fato de obras tão distintas estarem juntos nessa listagem significa que as obras realizadas pelo homem impressionam a humanidade independente do seu tempo. A partir de agora vamos conhecer um pouco mais da história de cada uma dessas obras, suas curiosidades e entender o porquê elas se tornaram maravilhas do mundo.
RUÍNAS DE PETRA
Localizada na Jordânia, nas proximidades de Wasi Arava, o vale que liga o mar morto ao Golfo de Aqaba e o deserto de Zin, se encontra a cidade rosa, ou como é mais comumente conhecida, Petra é uma região arqueológica, esculpida por inteiro em arenito. As ruínas ficaram vazias por séculos, algumas foram deterioradas, até que foram descobertas no início do século XIX, as que conseguiram sobreviver com o tempo são de uma beleza impressionante.
De acordo com estudos, a cidade começou a ser habitada por volta do ano 1200 a.C, sendo uma importante rota comercial para a região, no ano de 312 a.C, foi colonizada pelos Nabateus, que carregavam influência greco- romana e oriental, esculpido em rocha a cidade, assim surgiu seu nome. Em 63 a.C, Pompeu anexou –a ao Império Romano, que posteriormente, pertenceu aos bizantinos em 395. A cidade era bem próspera, até que um terremoto a atingiu e destruiu metade da cidade, muitos dos edifícios foram derrubados e reutilizados para a construção de novos outros. Infelizmente um segundo terremoto assolou a localidade, este por sua vez foi de uma magnitude bem maior que a anterior, e destruiu a cidade quase que em sua totalidade, tornando inviável a recuperação da mesma.
Devido a quantidade de tempo que a cidade se manteve e também as diferenças influências que teve, ela não apresenta um único estilo arquitetônico devido a sua história, nela pode se encontrar vestígios de várias épocas: o teatro romano, os túmulos reais, casas de vários períodos, câmaras funerárias, entre outros. Muito se tem dúvida sobre a construção da cidade, alguns pontos foram realmente esculpidas nas pedras de arenito mesmo, outras obras, como o monastério tiveram que ter uma preparação para que fosse começar a esculpir, eram construídos grandes degraus com 6 m, para que assim os pedreiros não ficassem pendurados em cordas, mas sim, alicerçados nos degraus.
A região onde se encontra Petra é desértica, montanhosa com grande formações rochosas de arenito. Existe grande variação climática na região devido a suas características geográficas , assim, a melhor época para se visitar as ruínas de Petra é entre os meses de março e maio. O melhor horário geralmente é pela manhã ou ao entardecer quando as rochas brilham e adquirem uma impressionante cor avermelhada. A região recebe cerca de 1 milhão de visitantes por ano.
Muita gente não sabe, mas a cidade rosa é uma grande conhecida das câmeras, ela já apareceu inúmeras vezes na televisão, desde novelas brasileiras, Viver a Vida, como em produções Hollywoodianas como Indiana Jones e a Última Cruzada, Transformers 2, Mortal Kombat: A Aniquilação, entre outros.
A GRANDE MURALHA DA CHINA
A grande muralha da China é uma estrutura de defesa com caráter militar localizada em Pequim, China. Durante um longo tempo, por volta de 1900 anos, os chineses ergueram muralhas com o intuito de se defenderem de invasões de povos vizinhos. O primeiro indício de muro surgiu antes mesmo do agrupamento do império, em 221 a.C. durante o império de Qin Shi Huang (259-210 a.C.) o primeiro imperador da China. A partir disso, a muralha foi sendo ampliada cada vez mais, até que atingiu seu apogeu durante a dinastia de Ming (1368-1644), no qual foi construído seu maior trecho.
Além da defesa contra ataques, a Grande muralha foi muito utilizada como rota alternativa para passagem rápida de armas e pessoas. O local serviu de transporte para caravanas que iam da China ao Golfo pérsico, portos mediterrâneos, e dessa forma acessavam mercados europeus. Ademais, a fortificação é composta principalmente por pedras, tijolos e terra compactada, todavia também foram utilizados madeira e outros materiais. A muralha é a obra mais longa construída pelo homem, estudos da Cartografia chinesa e Agência de Patrimônio cultural mostram que a construção chega a 8.850km.
Segundo pesquisadores, existem aproximadamente 40 mil torres em toda a extensão, a disposição dessas possui determinada regularidade seguindo a inclinação do entorno. O objetivo dessas torres foi ter uma visão ampla que permite a visualização mais rápida de possíveis invasores, ademais existe um terraço que facilita a comunicação entre torres, sendo assim esse local era considerado privilegiado. Além disso, a ligação entre torres foi realizada majoritariamente por rampas, escadas foram evitadas para permitirem maior facilidade de deslocamento.
Acredita-se que foram necessários mais de 2 milhões de trabalhadores para conclusão da obra. Segundo jesuítas que visitaram a região os trabalhadores viviam em péssimas condições, má alimentação, frio e trabalho exaustivo que fizeram com que até 80% dos operários chegassem à morte. Os camponeses que trabalharam nessa missão vendiam a mão de obra em troca da liberação de pagamento dos impostos, tempo depois os soldados desocupados também fizeram parte da construção que foi uma mão de obra escrava.
A Grande muralha atravessa montanhas e rios, seu entorno é predominantemente composto de vegetação e elementos naturais. Além disso, é aberta à visitação todos os dias, sendo Badaling (70 km do centro de Pequim) o trecho mais visitado. A melhor época para visitação é na primavera e no outono devido às temperaturas amenas e o número de visitação anual ultrapassa 10 milhões de turistas.
Algumas das curiosidades relacionada a essa maravilha é que a Muralha ficou conhecida na China como o maior cemitério do mundo, visto que muitas pessoas morreram durante a construção. O primeiro chinês a viajar para o espaço, Yang Liwei desmentiu que é possível enxergar a Muralha da China da lua a olho nu. Por outro lado, a Muralha possui pontos soterrados pela areia devido uma erosão e é tão grande que gastaríamos cerca de 100 dias para percorrê-la a pé. Por fim, durante a dinastia de Ming, a Muralha da China era protegida por mais de um milhão de guerreiros.
COLISEU
O maior anfiteatro do mundo e o principal símbolo de Roma, com quase 2000 anos, o Coliseu romano é uma das mais conhecidas e visitadas maravilhas do mundo. Imponente e inovador para época em que foi construída até hoje chama a atenção de todos que vão a capital italiana, sendo um ponto turístico obrigatório para quem visita à cidade. Com o objetivo de conquistar os romanos com a política do pão e circo, o imperador Vespasiano decidiu demolir o palácio de lazer pessoal do antigo imperador Nero e criar o Coliseu, uma arena onde a população tivesse acesso a entretenimentos, como espetáculos de teatro, de gladiadores, naumaquias, execuções entre outros. Com isso, ele queria realizar dois feitos, agradar o povo e demonstrar o seu poder com uma grandiosa obra, localizada bem no coração da cidade.
Não há registro de quem foi o arquiteto responsável pela construção do coliseu, na verdade acredita-se que ele foi construído em quadrantes por empreiteiros diferentes, porém é inegável a quão emblemática é toda a arquitetura e engenharia envolvendo-o. A sua fachada é composta por arcos e colunas jônicas, dóricas e coríntias que serviam para separar as classes sociais. Os arcos que a compunham tinham cerca de 7 metros de altura. Como não estava em nenhuma encosta ele tinha um “anel” artificial de rocha à sua volta para garantir sustentação, que seria como ornamento e uma espécie de controle de entrada dos espectadores. As escadas também davam sustentação, técnica ainda hoje utilizada em estádios de futebol.
Sua planta elíptica mede dois eixos que se estendem aproximadamente de 190 metros por 155 metros. Formado por cinco anéis concêntricos de arcos abóbadas, representa um grande avanço para a engenharia de estruturas, seus arcos são de concreto (de cimento natural) revestidos por alvenaria. Na verdade, a alvenaria era construída simultaneamente e já servia de forma para a concretagem. Ele basicamente foi composto pelos seguintes materiais: mármore, pedra travertina, ladrilho e tufo. Outra coisa que impressiona nessa grandiosa obra, são os aquedutos e toda a parte de “bastidores” que ficava abaixo do “palco” onde ocorria o entretenimento. De fato, se pode mostrar que várias técnicas inovadoras foram usadas e que são usadas até a atualidade.
O anfiteatro atualmente, infelizmente, está em ruínas, devido diversos fatores, saques, terremotos e inclusive bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial, por isso já passou por várias restaurações diversas restaurações foram feitas para preservá-lo. A última terminou em 2000, após recuperar a face externa dos arcos de mármore, porém reformas e alguns pequenos restauros são feitos periodicamente para mantê-lo com sua majestade. Ele se encontra sob ameaça de desabamento e colapsos estruturais, porém as autoridades italianas já estão cientes e com projetos para resolver o problema.
Situada bem no coração da capital italiana, é ponto de parada obrigatório para todos aqueles que visitam a cidade, tendo também o prestígio dos moradores. Para conhecer tal obra, a melhor época do ano para se visitar Roma é entre abril e junho, devido à baixa quantidade de chuvas e a temperatura agradável. O coliseu romano recebe a visita de cerca de 7 milhões de pessoas por ano.
Desde a sua construção, no século 1, vários terremotos destruíram o Coliseu. Os historiadores estimam que o primeiro grande tremor aconteceu entre os anos 523 e 526. Atualmente já conhecemos e estudamos bastante o subsolo do Coliseu, mas ele é uma descoberta “recente”, ele só foi escavado há pouco mais de um século. As inovações sempre estiveram presente nessa magnífica obra, as coberturas retráteis, que podem ser abertas ou fechadas, parecem coisas dos tempos modernos. Mas nos seus dias de glória o Coliseu já teve um sistema parecido. No topo do estádio, preso a 240 mastros, estendia-se um enorme toldo retrátil, que podia proteger os espectadores do sol. A arena, no entanto, nunca ficava sombreada. No início, os gladiadores que lutavam nos jogos eram soldados em treinamento. Com o tempo, escravos, criminosos ou prisioneiros de guerra assumiram esse papel. Eles se enfrentavam com lanças, espadas, tridentes, redes e escudos. Mais de 10 mil gladiadores morreram em três séculos de combates, duelando entre si ou enfrentando animais ferozes.
Você sabia que a famosa Basílica de São Pedro, no Vaticano, tem peças de mármore retiradas do Coliseu de Roma? Durante a Idade Média, aconteceram muitos saques de mármore e bronze no Coliseu de Roma com o objetivo de ornamentar igrejas e monumentos católicos.
Chickén Itzá - México
A cidade de Chichén Itzá se localiza no estado Yucatán, no México. Essa região foi primordialmente ocupada pelo povo Maia, uma civilização antiga que tinha como pilares centrais a ciência e a religião. Recentemente foi descoberto que a cidade é quatrocentos anos mais antigas do que os historiadores e arqueólogos acreditavam ser. Se constatou que a cidade foi construída por volta do ano 100 d.C. ao invés do ano 525 d.C., como se acreditava anteriormente. A cidade foi um dos maiores centros urbanos e econômico da civilização maia na época.
A terra onde se encontra a cidade de Chichén Itzá era uma propriedade privada até março de 2010, quando foi comprada pelo estado e se tornou uma propriedade federal. A administração do local atualmente é de responsabilidade do Instituto Nacional de Antropologia e História do México. Atualmente o sítio arqueológico que abrange a cidade tem 20km² de extensão, e chama a atenção pelo seu excelente estado de conservação. Essa conservação se deve a uma reconstrução que houve por volta do ano de 900 d.C. A construção que chama mais atenção nessa cidade antiga é a Pirâmide de Kukulcán, também conhecida como El Castillo.
Em 1988, esse sítio arqueológico em que se localiza a cidade foi tombado como Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco e posteriormente foi eleita uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. Tais reconhecimentos vieram devido a sua forte e curiosa história, pela sua beleza e imponência e representatividade do povo maia e a seu bom estado de conservação. É possível encontrar na cidade, um exemplo típico de arquitetura Chenes, um estilo normalmente encontrado norte do estado de Campeche, também no México. Esse estilo apresenta fachadas ornamentadas e sua entrada oculta nessa arquitetura.
A cidade de Chichén Itzá foi construída predominantemente em arquitetura de pedra, mais especificamente pedra calcária. Esse tipo de arquitetura era encontrada especialmente nos templos e nas construções mais abastadas. Nessas construções, além do uso estrutural dessa pedra, ela também era usada em argamassas feitas com o calcário queimado ou moído. Essa argamassa possuía composição muito parecida ao atual cimento e era utilizada acabamento, revestimentos, tetos e também algumas vezes para unir as pedras umas às outras.
O que mais chama a atenção é que mesmo com o uso predominante da pedra calcárias, não há nenhuma evidência de que eram usadas ferramentas de metais, polias, ou veículos com rodas. Esse fato torna ainda mais curioso como se deu a construção dessas edificações. Acredita-se que todo o material foi removido apenas com a força humana. Algumas construções mais simples também eram feitas em pedras calcárias, porém as casas mais comuns eram predominantemente feitas de outros materiais, com o uso de madeira para a estrutura, paredes de adobe e cobertura de palha.
Após entrar em decadência depois de sofrer com saqueamentos durante muitos anos, a cidade de Chichén Itzá foi abandonada por volta do ano de 670 d.C. e reconstruída 300 anos mais tarde, se tornando assim a cidade mais importante do nordeste de Yucátan e um centro de referência da cultura maia.
A região é predominantemente cercado por mata, possui muitas rodovias, e atualmente recebe cerca de 1,4 milhões de visitantes durante o ano, sendo um dos maiores centros de visitação do país. Ao visitar a região é preciso tomar alguns cuidados, a região é muito quente a maior parte do ano e possui poucos abrigos à sombra, o que torna indispensável o uso de protetor solar, chapéus e outros itens que possam amenizar os efeitos do sol. Além disso, é recomendável que cada visitante leve sua garrafa de água para garantir sua hidratação.
A pirâmide de Kulkulcán possui 30 metros de altura e quatro escadarias, uma em cada lado da pirâmide. Cada escadaria possui 91 degraus, somando todos os degraus temos 365, o mesmo número de dias do calendário maia. Para maior preservação do local, não é permitido subir em quaisquer uma das construções. Dependendo da época do ano, os raios solares formam um desenho de uma serpente na pirâmide, curiosamente Kulkulcán é um dos principais deuses maias, segundo a crença esse deus possuía forma de serpente emplumada. Por isso, a pirâmide recebe esse nome nos dias de hoje.
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